Não é a toa que as informações sobre a Ilha de Páscoa não estejam na ponta da llíngua do viajante comum: a ilha é frequentemente referida como um dos lugares mais isolados do mundo. Com acesso é difícil, preços muitas vezes elevados, pouca variedade de vôos, acaba sendo um desafio colocar a Rapa Nui nas primeiras linhas da lista de destinos dos sonhos. Foi com isso em mente que eu, montei esse Guia Prático para a Ilha de Páscoa, no qual falarei sobre:
- Como chegar na Ilha de Páscoa
- Como se virar na ilha
- A melhor época para visitar
- Preços na ilha
- Onde se hospedar
- O que fazer
- O que levar consigo
- O que mais precisar saber
Agora, sem mais delongas, fique com seu guia prático sobre a Ilha de Páscoa
5 mai 19 – 7 min
Apesar de estar bem no M-E-I-O do pacífico, entre a Nova Zelândia e a costa sul-americana, a ilha foi adquirida, e então anexada pelo Chile ainda nos anos de 1800, por isso é considerada território nacional chileno. Os idiomas oficiais são o Rapa Nui e Espanhol.
A Ilha de Páscoa é um território pequeno, e paradoxalmente com um valor cultural imensurável pra história. Localizada na região da Polinésia, pela relativa proximidade, divide traços culturais com os nativos do Taiti e Havai.
Originalmente, ela leva o nome de Rapa Nui e seu povo originário é o Hanga Roa, que desde antes que se tenha conta, já havia desenvolvido seu próprio idioma, arte, rituais, e claro, suas renomadas estátuas que se assemelham a figura de criaturas com traços humanos, os famosos Moais.
A ilha mais próxima de Rapa Nui é Pitcairn, território britânico e fica a mais de 2000km de distância.
Existe um voo comercial da LATAM saindo de Santiago todos os dias úteis. A mesma aeronave sai nas manhãs seguintes de Rapa Nui de volta ao continente. São mais de 5 horas sobrevoando o Oceano Pacífico até conseguirmos avistar a pequena ilha que tem seus limites facilmente vistos da janela do avião.
A ilha parece um prato em cima do mar pela distância das bordas até a água. São poucas as extremidades que podem servir de praia.
A pista do aeroporto consiste em uma única faixa de asfalto em uma das extremidades do terreno que se pode avistar de vários ângulos da ilha.
O terminal do aeroporto é uma construção simples de madeira, mantendo a rusticidade da ilha toda. Por dentro: apenas um balcão de embarque, uma esteira de bagagem e todos os passos do processo de embarque e desembarque.
Importante lembrar que como o voo vem de Santiago do Chile, é considerado nacional, por isso, os processos de alfândega não fazem parte da rotina do aeroporto IPC. Não tem imigração, declaração de objetos e valores e nem carimbo no passaporte.
Curiosamente, como o abastecimento vem do lado oposto ao Chile, me surpreendi ao ver nas vendas locais produtos que via com frequência nas prateleiras da Austrália e Nova Zelândia quando morei lá como Vegemite, cereal Milo e Tim Tams.
Por mais que seja pequena, não tem como conhecer tudo a pé. A melhor forma de conhecer todo o parque nacional é de carro.
Existe uma avenida central onde boa parte das coisas acontecem na vida dos locais, e por esse motivo, não há necessidade de ter transporte público.
Algumas atrações turísticas ficam nas extremidades do território e por esse motivo é uma boa ideia alugar um carro e aproveitar o caminho próprio ritmo. As estradas são tranquilas, bem sinalizadas, e dá pra confiar no Google Maps. Importante deixar o mapa já baixado no celular, já que o sinal de telefonia das antenas chilenas não funciona em todas as partes da ilha.
Quem não dirige como essa que vos fala não terá nenhum problema pra se virar. É só chamar um dos vários taxis da Ilha que pré arranjam o valor e horário de volta.
Difícil não se distrair com essa vista prevalente na ilha. Por sorte, o trânsito é bem leve.
O clima da ilha é estável. Temperaturas intermediárias o ano inteiro ficam entre 15–26 graus. Não existe uma diferença drástica entre as estações do ano e a umidade é alta.
Apenas a fim de evitar movimento forte nas altas temporadas, minha sugestão é evitar os meses de dez-jan e jun-jul, já que a temperatura não vai influenciar muito a qualidade da sua viagem.
Uma das perguntas mais importantes desse guia prático para a Ilha de Páscoa.
Devido ao isolamento geográfico, o abastecimento da ilha é reduzido. Duas vezes por mês chegam embarcações do leste com alimentos que não são cultivados na ilha por falta de recursos como carne, ovos e algumas sementes. Como consequência, segundo reza a lei da oferta e da demanda, os preços acabam por ser mais salgados.
No #Shetrips já passamos da fase de se importar em não parecer jacu durante a viagem, e até gostamos de passar uma vergonhazinha aqui e ali. Vale tudo pra não gastar dinheiro nesse momento de tantos gastos alto já, não é mesmo?
Sabendo já da média dos preços, e que a pousada que reservei teria espaço para cozinhar, me antecipei e levei na mala comida para quase todos os dias da viagem. Desde arroz, até feijão enlatado, risoto instantâneo, bolacha e de tudo um pouco. O estoque de comida acabou por aliviar bastante os custos da viagem e no final das contas acabei usando pouco dinheiro na ilha em si sendo eles representados em reais:
2 dias de taxi pras atrações: 100
Mercadinho: Não mais que: 50
Entrada Parque Nacional (2019): 275
Aquela Souvenir básica: 20
Voo partindo de Santiago: 1200
4 noites na pousada: 1000
No total a viagem saiu 2645 Reais
Considere que eu fiz essa viagem saindo já do Chile e também já com seguro viagem que custou em média 20 reais por dia. Outros gastos como taxi do aeroporto até hospedagem por exemplo já estavam inclusos na diária.
E MAIS NA.DA.
Não encontrei opções de Hostel por lá, apenas Pousadas e Resorts de luxo. Como a beleza da ilha está nas atrações, não fez mal nenhum optar pela primeira opção pelo Aibnb.
No geral, as pousadas são bem parecidas entre si: simples, com camas de casal e opção de colchão extra e cozinha compartilhada. O preço em média é de 200 reais por quarto, se você for em mais pessoas, dá pra rachar esse valor e fica bem em conta.
Pelo que eu percebi, é comum das pousadas arranjar o pick-up dos hóspedes no aeroporto. Foi uma surpresa encontrar o anfitrião segurando colares de flores naturais, seguindo a tradição Polinésia de boas vindas aos convidados, e um colar de conchas na saída.
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Os Rapa Nuis não pouparam esforços na construção (artística e prática) dos monumentos. Praticamente toda a ilha constituí o parque nacional que está repleto por Moais de todos os tamanhos, características, formatos e posições. Eu também fiz um artigo só sobre as atrações da Ilha de Páscoa que você não pode perder.
Mas é importante saber que não é só de Moai que vive o turismo de Hanga Roa. Tem também opções de mergulho, cavernas, praias, montanhas e vulcões inativos que garantem um prato cheio pra todo tipo de viajante.
A ilha é um lugar úmido como eu já mencionei ali em cima, então se prepare pra suar, lavar o cabelo todos os dias e passar repelente. Em uma das trilhas que fiz levei um torrão na ingenuidade de olhar que a temperatura não passaria dos 25 graus. Não cometa esse erro e use filtro solar S.E.M.P.R.E.
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Cinco dias foram suficientes para conhecer toda a ilha num ritmo gostoso. A ilha é segura, não existe um caso de homicídio a décadas e até perambular de noite é tranquilo. Só leve em consideração que sinal de 3g só funciona na parte populada da ilha e o mesmo vale pra iluminação.
E por último. Em nenhuma hipótese toque nos monumentos da Ilha. Eles representam toda a cultura dos ancestrais Rapa Nuis e não devem ser desrespeitados.